O PSOL perde nova oportunidade, cativo de ilusões próprias e
alheias. Ora, no essencial, as classes subalternas estão carentes de
referencias críticas. Neste terreno, Bolsonaro continua operando como
se, de fato, fosse uma força anti-sistêmica, aparecendo como um
presidente obrigado a ceder diante do covil de ladroes (congresso
nacional), exalando críticas ao STF, denunciando a mídia monopólica,
atacando os comunistas... Enquanto isso, o batalhão de economistas
alerta cada dia com maior insistência para o "colapso fiscal" do país e,
assim, sedimenta o terreno para o ultra liberalismo assaltar o estado
na mesma medida em que multiplicam o sofrimento de milhões empurrados
sem remissão para o abismo social de uma vida afundada no desespero e na
humilhação permanentes.
Na mesma medida, o proto-fascista Bolsonaro segue indicando quem é a
oposição: para a coesão burguesa o petismo é a oposição! O "velho
sistema corrupto" é a oposição! O grau de liberdade que Lula já ganhou e
tende a explorar ainda mais com entrevistas ou, quem sabe, com prisão
domiciliar, não fará mais do que aumentar a polarização tão conveniente
para o proto-fascista quanto para o liberalismo de esquerda encabeçado
pelo PT. O que restará ao PSOL senão a marginalidade político-eleitoral
e, no pior dos casos, o triste papel de "consciência crítica" do
decadente petismo? Este é o futuro sombrio que a maioria do DN reserva
ao PSOL!
http://nildouriques.blogspot.com/2019/06/o-psol-navega-sem-bussola.html
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