5 de ago. de 2019

Tecnologia não, informação - Revista Consumidor Moderno

Mui­tas empre­sas se repo­si­ci­o­nam como ino­va­do­ras afir­man­do serem de tec­no­lo­gia. Erro pri­má­rio. Empre­sas ino­va­do­ras domi­nam infor­ma­ção e apli­cam no desen­vol­vi­men­to de ino­va­ção como com­pro­vam os resul­ta­dos do prê­mio whow! de ino­va­ção 2019

POR JAC­QUES MEIR COM TEX­TOS DE JADE CAS­TI­LHO, LEO­NAR­DO GUI­MA­RÃES E RAPHA­EL CORAC­CI­NI

O mais novo cli­chê cor­po­ra­ti­vo, que é uti­li­za­do para assi­na­lar uma supos­ta capa­ci­da­de ino­va­do­ra, é afir­mar que “somos ago­ra uma empre­sa de tec­no­lo­gia”. Temos aí então um exem­plar da reden­ção de um negó­cio, qual­quer que seja: afir­mar peremp­to­ri­a­men­te que, depois de anos ou déca­das dedi­ca­das a uma ati­vi­da­de, “a empre­sa é de tec­no­lo­gia”. O obje­ti­vo é emba­lar mar­cas e men­tes com uma ideia de moder­ni­da­de, de inar­re­dá­vel voca­ção para o pro­ta­go­nis­mo na era digi­tal, assu­min­do uma nova com­pe­tên­cia, bali­za­da pela ado­ção do com­ple­men­to nomi­nal irre­sis­tí­vel – “de tec­no­lo­gia”. Faz sen­ti­do, a par­tir das lis­ta­gens que indi­cam que sete das dez com­pa­nhi­as mais vali­o­sas do mun­do têm na tec­no­lo­gia um iden­ti­fi­ca­dor de valor – Ama­zon, Micro­soft, Alpha­bet (hol­ding que con­tro­la o Goo­gle), Apple, Face­bo­ok, Ten­cent e Ali­ba­ba são legí­ti­mas repre­sen­tan­tes de um novo sta­tus de mer­ca­do, pro­ta­go­nis­tas da era digi­tal e de negó­ci­os que fun­ci­o­nam base­a­dos em pla­ta­for­mas, com pou­cas déca­das de vida (entre 20 e 40 anos). Assim, nada mais natu­ral que empre­sas tra­di­ci­o­nais, vare­jis­tas, ban­cos, teles, de car­tões de cré­di­to, de infra­es­tru­tu­ra, indús­tri­as ali­men­tí­ci­as e de cos­mé­ti­cos incor­po­ra­rem “tec­no­lo­gia”, para se apro­xi­ma­rem des­sas novas vede­tes para rede­fi­nir seus negó­ci­os e indi­car que tem capa­ci­da­de de ino­var e adi­ci­o­nar valor para aci­o­nis­tas e cli­en­tes.

  Esta­ria tudo bem com esse repo­si­ci­o­na­men­to não fos­se o fato de que ele é sim­ples­men­te equi­vo­ca­do. Por­que uma empre­sa real­men­te ino­va­do­ra hoje reú­ne duas carac­te­rís­ti­cas essen­ci­ais: cons­trói (ou recons­trói) seu mode­lo com base em uma pla­ta­for­ma, e faz da infor­ma­ção o ele­men­to dife­ren­ci­a­dor capaz de pro­mo­ver cres­ci­men­to ace­le­ra­do em lar­ga esca­la. Infor­ma­ção estru­tu­ra­da, inte­li­gen­te, extraí­da de imen­sas bases de dados e reple­ta de valor por­que con­tém o San­to Gra­al da era digi­tal: com­pre­en­são do que moti­va, incen­ti­va, impul­si­o­na, aci­o­na o cli­en­te e per­mi­te dia­lo­gar e tran­sa­ci­o­nar com ele das mais diver­sas for­mas, nos mais diver­sos canais. Como bus­ca­va Ser­gio Zyman, len­dá­rio CMO da Coca-Cola: “ven­der mais, mais vezes, para mais cli­en­tes, por mais dinhei­ro”, isso ago­ra é sim­ples­men­te pos­sí­vel por quem domi­na a infor­ma­ção extraí­da e com­par­ti­lha­da pelo cli­en­te, pelo mer­ca­do e pela empre­sa.

   O que faz a Ama­zon ser vali­o­sa, assim como a Micro­soft, o Goo­gle, a Apple, a Net­flix, o Airbnb, o Slack e outras nova­tas de cres­ci­men­to veloz, é a capa­ci­da­de de extrair infor­ma­ção de suas pla­ta­for­mas digi­tais, que aco­plam empre­sas e solu­ções em uma pon­ta para aten­der comu­ni­da­des e redes de cli­en­tes na outra pon­ta. Por­que a Net­flix conhe­ce os hábi­tos de sua audi­ên­cia de uma for­ma iné­di­ta para as redes de TV ou os estú­di­os de cine­ma, assim como a Micro­soft com­pre­en­de como as empre­sas pro­du­zem de for­ma que essas mes­mas empre­sas iso­la­da­men­te jamais con­se­gui­ram. Tec­no­lo­gia é meio que faci­li­ta a obten­ção e o pro­ces­sa­men­to da infor­ma­ção, e não o que habi­li­ta uma empre­sa a ser ino­va­do­ra. Só ino­va quem sabe onde apli­car um méto­do de ino­va­ção, para com­pre­en­der como se conec­tar com neces­si­da­des, moti­va­ções, ati­tu­des, expec­ta­ti­vas e não para desen­vol­ver pro­du­tos que sim­ples­men­te não têm ape­lo. Só ino­va quem com­pre­en­de que a base de sus­ten­ta­ção de negó­ci­os ergui­dos em pla­ta­for­mas está nos algo­rit­mos – que nada mais são do que for­mas de orga­ni­za­ção de infor­ma­ção para solu­ção de pro­ble­mas.

   Foi esse enten­di­men­to do poder da infor­ma­ção que nor­te­ou o desen­vol­vi­men­to do Prê­mio Whow! de Ino­va­ção 2019, uma ini­ci­a­ti­va do Gru­po Padrão, com meto­do­lo­gia e coor­de­na­ção téc­ni­ca do Cen­tro de Inte­li­gên­cia Padrão (CIP) em par­ce­ria com a Inte­li­gên­cia Arti­fi­ci­al powe­red by Sti­lin­gue. Em pou­cas pala­vras, para jogar luz sobre o atu­al está­gio da ino­va­ção pro­du­zi­da no Bra­sil, País até há pou­co tem­po des­co­la­do do pano­ra­ma glo­bal de ino­va­ção ace­le­ra­da, de star­tups e sca­le-ups e das meto­do­lo­gi­as ágeis para gera­ção de idei­as e novas solu­ções esca­lá­veis, o CIP uti­li­zou o poder da IA para pers­cru­tar os cases de ino­va­ção dos últi­mos 18 meses. Des­sa imer­são, o CIP pôde então ver o real cená­rio da ino­va­ção no País, iden­ti­fi­can­do quem fez, o que fez, por que fez. Em comum, as melho­res ini­ci­a­ti­vas que, depois, foram sub­me­ti­das ao escru­tí­nio de um júri com­pos­to por men­tes bri­lhan­tes, empre­sas e ati­vi­da­des que pro­du­zi­ram ino­va­ção que pro­duz melho­res infor­ma­ções, mais insights, mais conhe­ci­men­to que rea­li­men­ta con­ti­nu­a­men­te a capa­ci­da­de ino­va­do­ra.

A JOR­NA­DA DE UM RECO­NHE­CI­MEN­TO

   Duran­te mais de seis meses, o Cen­tro de Inte­li­gên­cia Padrão cole­tou, ana­li­sou e clas­si­fi­cou as empre­sas que pro­du­zem ino­va­ção no País até che­gar a uma lis­ta das cem empre­sas mais ino­va­do­ras do Bra­sil, além da empre­sa mais ino­va­do­ra em 38 seg­men­tos do mer­ca­do. Além des­se ran­king, o estu­do pro­por­ci­o­nou a reve­la­ção de uma lis­ta de rising stars, empre­sas com gran­de poten­ci­al de cres­ci­men­to por seu mode­lo de negó­cio for­te­men­te cal­ca­do em ino­va­ção.
   Para isso, a Meto­do­lo­gia con­tem­plou duas fon­tes de gera­ção de dados para ava­li­a­ção, como segue:
• As empre­sas tive­ram a opor­tu­ni­da­de de ins­cre­ver seus cases por meio de pla­ta­for­ma on-line.
• Em para­le­lo, o Cen­tro de Inte­li­gên­cia Padrão uti­li­zou a Inte­li­gên­cia Arti­fi­ci­al powe­red by Sti­lin­gue, par­cei­ra na rea­li­za­ção do estu­do, para levan­tar milha­res de con­teú­dos rela­ci­o­na­dos a ino­va­ção por toda a inter­net, abran­gen­do blogs, sites, por­tais, fóruns e redes soci­ais.
   Este levan­ta­men­to da IA trou­xe mais de 185.000 con­teú­dos que, após aná­li­se e veri­fi­ca­ção da equi­pe do CIP, per­mi­tiu a for­ma­ção de uma shor­tlist de 500 empre­sas entre aque­las ins­cri­tas por meio de cases com aque­las iden­ti­fi­ca­das no trac­king. A pri­o­ri­da­de foi apon­tar aque­las com cases de ino­va­ção recen­tes no Bra­sil.

   Des­sa lis­ta, o CIP sele­ci­o­nou as 300 empre­sas com ino­va­ções de mai­or rele­vân­cia e impac­to com­pro­va­do, divi­din­do-as em 38 seg­men­tos para uma eta­pa sub­se­quen­te de ava­li­a­ções.

AVA­LI­A­ÇÃO
   Ter­mi­na­do o pro­ces­so de cap­ta­ção e levan­ta­men­to de nomes de empre­sas ino­va­do­ras, foi hora da ava­li­a­ção. O CIP con­vi­dou pro­fis­si­o­nais e espe­ci­a­lis­tas des­ta­ca­dos por sua atu­a­ção na dis­se­mi­na­ção e pro­du­ção de ino­va­ção para for­mar um comi­tê de Men­tes Bri­lhan­tes com 26 pro­fis­si­o­nais. Cada pro­fis­si­o­nal teve a incum­bên­cia de ava­li­ar a ino­va­ção cor­po­ra­ti­va a par­tir de cases ilus­tra­ti­vos do alcan­ce da ino­va­ção, em três cri­té­ri­os:
RELE­VÂN­CIA DA INO­VA­ÇÃO
   Qual é a rele­vân­cia des­sa ino­va­ção pen­san­do no impac­to que terá sobre o ambi­en­te no qual foi inse­ri­da?
PRO­JE­ÇÃO DE FUTU­RO
   Em qual nível o impac­to des­sa ino­va­ção ten­de a ser dura­dou­ro ou repli­ca­do fazen­do a dife­ren­ça no ambi­en­te no qual foi inse­ri­do?
VALOR ADI­CI­O­NA­DO
   Capa­ci­da­de da ino­va­ção em adi­ci­o­nar valor ao negó­cio, con­si­de­ran­do gera­ção de novas recei­tas, redu­ção de cus­tos, melho­ria de pro­ces­sos, ganhos de pro­du­ti­vi­da­de e, fun­da­men­tal­men­te, poten­ci­al para pro­du­zir infor­ma­ção útil como dife­ren­ci­al com­pe­ti­ti­vo.
INO­VA­ÇÃO NO BRA­SIL: O QUE NOS­SAS EMPRE­SAS ESTÃO FAZEN­DO?
   Toda a base de infor­ma­ções obti­da com as fon­tes de dados per­mi­tiu ao CIP tra­zer uma aná­li­se que retra­ta a evo­lu­ção de pro­du­tos e solu­ções ino­va­do­res no Bra­sil. Os desem­pe­nhos regis­tra­dos por cada ino­va­ção apon­ta­ram que há um for­te equi­lí­brio entre rele­vân­cia, pro­je­ção de futu­ro e valor adi­ci­o­na­do. Ain­da assim, ape­sar de a ino­va­ção adi­ci­o­nar valor aos negó­ci­os, sua rele­vân­cia den­tro do ambi­en­te de mer­ca­do é o pon­to mais fra­co do pro­ces­so ino­va­ti­vo.

SETO­RES MAIS INO­VA­DO­RES DO MER­CA­DO
   As men­tes bri­lhan­tes ana­li­sa­ram todos os cri­té­ri­os de ava­li­a­ção do prê­mio e che­ga­ram às notas de cada uma des­sas empre­sas. Quan­do soma­mos essa pon­tu­a­ção den­tro de um mes­mo seg­men­to, che­ga­mos ao ran­king que nos per­mi­te obser­var os mais ino­va­do­res de fato. Dos cin­co seg­men­tos com mai­or núme­ro de empre­sas na lis­ta das 300 ava­li­a­das, somen­te o de Tec­no­lo­gia figu­ra tam­bém no de mais ino­va­do­res. Não por aca­so, é o seg­men­to que con­tem­pla a Ste­fa­ni­ni – empre­sa que obte­ve a melhor nota geral entre as ran­ke­a­das – e gran­de líder do Ran­king Whow! de Ino­va­ção 2019.

SETO­RES MENOS INO­VA­DO­RES DO MER­CA­DO
Seguin­do a mes­ma linha de ava­li­a­ção, entre os pio­res seg­men­tos está o de Con­tact Center/BPO, que figu­ra entre os cin­co com mai­or núme­ro de empre­sas ava­li­a­das que tive­ram notas mais bai­xas.

A TERA­PIA QUE RETAR­DA A MOR­TE
   A aná­li­se do Cen­tro de Inte­li­gên­cia Padrão mos­tra que ino­va­ção de valor, aque­la capaz de gerar a infor­ma­ção que redi­men­si­o­na e impul­si­o­na uma empre­sa para ganhar mer­ca­do de for­ma ace­le­ra­da e em lar­ga esca­la, não sig­ni­fi­ca neces­sa­ri­a­men­te inves­ti­men­to pesa­do em tec­no­lo­gia. Mui­tas empre­sas de seg­men­tos tra­di­ci­o­nais estão empe­nha­das em se apre­sen­tar como orga­ni­za­ções base­a­das em tec­no­lo­gia de pon­ta, como se auto­ma­ti­ca­men­te pas­sas­sem a com­pre­en­der os meca­nis­mos que esti­mu­lam cli­en­tes à ado­ção ace­le­ra­da. O desem­pe­nho dos hos­pi­tais, com três empre­sas entre as dez pri­mei­ras do Ran­king Whow!, mos­tra o quan­to ino­va­ções incre­men­tais, sis­te­mas de IA, bots e Analy­tics aumen­tam a efi­ci­ên­cia da ope­ra­ção, redu­zin­do tem­po de inter­na­ção, des­per­dí­ci­os e melho­ran­do a satis­fa­ção geral dos cli­en­tes com ênfa­se no des­fe­cho essen­ci­al: cura e cui­da­do.

   O fato de o Bra­sil ser um ator ain­da obs­cu­ro no mer­ca­do glo­bal de ino­va­ção abre uma imen­sa jane­la de opor­tu­ni­da­des. Há mui­tas empre­sas e negó­ci­os por fazer, refa­zer, reno­var, modi­fi­car, repen­sar, ima­gi­nar e rei­ma­gi­nar. O fato é que a vida digi­tal que nos cer­ca fez da ino­va­ção o méto­do que tor­na as empre­sas capa­zes de sobre­vi­ver e com­pe­tir em mer­ca­dos cada vez mais pau­ta­dos pela não line­a­ri­da­de, des­cons­truin­do os pro­ces­sos sequen­ci­ais. Ain­da é neces­sá­rio ali­nhar lide­ran­ças, pes­so­as, pro­ces­sos, tec­no­lo­gi­as para mol­dar uma empre­sa com­pe­ti­ti­va. Ao mes­mo tem­po, uma expres­si­va taxa de mor­ta­li­da­de de star­tups é essen­ci­al para cri­ar os anti­cor­pos que tor­nam melhor e mais pro­fí­cuo o inves­ti­men­to em ino­va­ção, par­ti­cu­lar­men­te em novos mode­los de negó­cio. A ino­va­ção acei­ta os gêni­os de bom gra­do, mas fun­ci­o­na melhor com os curi­o­sos, aque­les dis­pos­tos a usar a pró­pria expe­ri­ên­cia como moti­va­ção para pro­por algo dife­ren­te do que inco­mo­da­va e que nun­ca era enxer­ga­do como pro­ble­ma.

   A empre­sa “lonely cow­boy”, do herói cor­po­ra­ti­vo infa­lí­vel, vai dan­do lugar às com­pa­nhi­as habi­li­do­sas em lidar com a com­ple­xi­da­de, em que gru­pos orga­ni­za­dos de pes­so­as e, futu­ra­men­te, de pes­so­as e IAs, tra­ba­lham e inter­pre­tam melhor a infor­ma­ção e encon­tram for­mas flui­das de se comu­ni­car com con­su­mi­do­res tam­bém mais orga­ni­za­dos e cada vez mais amal­ga­ma­dos com fer­ra­men­tas digi­tais. Ino­var é a tera­pia que retar­da a mor­te de empre­sas e tam­bém de pro­fis­si­o­nais. E a infor­ma­ção, estru­tu­ra­da, pro­ces­sa­da e tra­ba­lha­da para ori­en­tar estra­té­gi­as, for­ma os algo­rit­mos que mudam negó­ci­os, des­cons­tro­em empre­sas e mobi­li­zam con­su­mi­do­res. Os resul­ta­dos do Prê­mio Whow! de Ino­va­ção refle­tem cla­ra­men­te esse con­cei­to.


SETO­RI­AL POSI­ÇÃO / EMPRE­SA

STO­NE
UMA AULA DE ATEN­DI­MEN­TO
   Uni­cór­nio bra­si­lei­ro do setor de mei­os de paga­men­to, a Sto­ne tem como pre­mis­sa que todos os cola­bo­ra­do­res enten­dam como suas deci­sões afe­tam o dia a dia da ope­ra­ção e a rela­ção com o con­su­mi­dor final. Para faci­li­tar o tra­ba­lho de quem está na linha de fren­te do aten­di­men­to, a com­pa­nhia lan­çou recen­te­men­te o Pro­fes­sor Xavi­er, uma fer­ra­men­ta que tem o poder de, por meio da inte­li­gên­cia arti­fi­ci­al, pre­di­zer as deman­das dos cli­en­tes, redu­zir o núme­ro de cha­ma­dos e pre­pa­rar a equi­pe para situ­a­ções em que o con­ta­to huma­no for indis­pen­sá­vel. “Aten­de­mos mais de 90% dos cha­ma­dos em menos de 20 segun­dos e damos auto­no­mia para a nos­sa linha de fren­te resol­ver os pro­ble­mas sem a neces­si­da­de de aci­o­nar outros níveis”, des­ta­ca Nali­ni Rin­con, head de Cus­to­mer Sup­port da Sto­ne.




Embra­pa
DRO­NES DE OLHO NO GADO
   Vin­cu­la­da ao Minis­té­rio da Agri­cul­tu­ra, Pecuá­ria e Abas­te­ci­men­to, a Empre­sa Bra­si­lei­ra de Pes­qui­sa Agro­pe­cuá­ria (Embra­pa) se des­cre­ve como uma empre­sa de ino­va­ção tec­no­ló­gi­ca. E pro­je­tos cola­bo­ra­ti­vos de suces­so, como o de moni­to­ra­men­to de gado por dro­nes, mos­tram que ela está no cami­nho cer­to. Coor­de­na­do pelo pes­qui­sa­dor Jay­me Gar­cia Arnal Bar­be­do, ele per­mi­te a con­ta­gem do gado em gran­des pro­pri­e­da­des que ado­tam a pecuá­ria exten­si­va. Antes, isso era pos­sí­vel por meio de saté­li­tes, mas as ima­gens, além de não apre­sen­ta­rem reso­lu­ção espa­ci­al sufi­ci­en­te para iden­ti­fi­car os ani­mais indi­vi­du­al­men­te, podem ser pre­ju­di­ca­das pela pre­sen­ça de nuvens. O pro­je­to, que teve iní­cio em feve­rei­ro des­te ano, rece­beu inves­ti­men­to de R$ 175 mil. “Ter aces­so a essas infor­ma­ções é de fun­da­men­tal impor­tân­cia para a defi­ni­ção das prá­ti­cas de mane­jo mais ade­qua­das e para a ges­tão da pro­pri­e­da­de como um todo”, expli­ca Bar­be­do. “Futu­ras pes­qui­sas podem aju­dar a obter outras infor­ma­ções a par­tir das ima­gens obti­das, como a detec­ção de ani­mais doen­tes e a detec­ção do nas­ci­men­to de novos bezer­ros”, exem­pli­fi­ca.

Sea­ra

POR UMA ALI­MEN­TA­ÇÃO MAIS SAU­DÁ­VEL

   Ao encon­tro de con­su­mi­do­res que cobram cada vez mais sus­ten­ta­bi­li­da­de das mar­cas, a Sea­ra pas­sou a apos­tar em pro­du­tos orgâ­ni­cos e vega­nos. Só este ano, foram três lan­ça­men­tos: a Sea­ra Natu­re, uma linha de pro­du­tos com con­ser­van­tes natu­rais; o fran­go orgâ­ni­co, fru­to de ani­mais ali­men­ta­dos com pro­du­tos de ori­gem vege­tal, como milho e soja não trans­gê­ni­cos; e um ham­búr­guer vege­ta­ri­a­no com sabor e tex­tu­ra de car­ne fei­to com pro­teí­na 100% vege­tal. “A Sea­ra Ali­men­tos inves­te cons­tan­te­men­te em ino­va­ções, tec­no­lo­gi­as e segue ten­dên­ci­as mun­di­ais, não ape­nas em ali­men­ta­ção, mas tam­bém em ser­vi­ços”, expli­ca José Ciri­lo, dire­tor-exe­cu­ti­vo de Mar­ke­ting da Sea­ra Ali­men­tos. “Que­re­mos agre­gar e entre­gar cada vez mais expe­ri­ên­ci­as gas­tronô­mi­cas e pro­du­tos de qua­li­da­de aos con­su­mi­do­res”.




Bra­des­co

NA DIRE­ÇÃO DO OPEN BAN­KING

   No ran­king de empre­sas mais ino­va­do­ras em dois seg­men­tos (ban­cos e segu­ros e pre­vi­dên­cia e capi­ta­li­za­ção), o Bra­des­co é um dos líde­res em open ban­king no Bra­sil. A ideia con­sis­te no com­par­ti­lha­men­to de dados ban­cá­ri­os pes­so­ais com o obje­ti­vo de ofe­re­cer um ser­vi­ço mais ade­qua­do à ren­da do cli­en­te, sco­re ou mes­mo inte­res­se. No últi­mo ano, mui­tas das ino­va­ções do Gru­po pas­sa­ram pela BIA, sua inte­li­gên­cia arti­fi­ci­al. Gra­ças a ela, já é pos­sí­vel con­sul­tar sal­do e até saber a cota­ção de moe­da estran­gei­ra por meio do What­sApp ou aci­o­nar o segu­ro pelo Goo­gle Assis­ten­te. Todas essas ini­ci­a­ti­vas não sur­gi­ram ao aca­so. “A ino­va­ção per­meia toda a orga­ni­za­ção, de for­ma estru­tu­ra­da, base­a­da no ecos­sis­te­ma de ino­va­ção do Bra­des­co, o ino­va­Bra”, expli­cou Antra­nik Harou­ti­ou­ni­an, dire­tor do DPI do Bra­des­co. Para apoi­ar essa estru­tu­ra, o hub con­ta com um depar­ta­men­to de Pes­qui­sa e Ino­va­ção que tem como mis­são bus­car novas opor­tu­ni­da­des de acor­do com as neces­si­da­des dos cli­en­tes, van­ta­gem com­pe­ti­ti­va, retor­no finan­cei­ro ou ine­di­tis­mo do pon­to de vis­ta de mer­ca­do.



Ban­co Sofi­sa Dire­to

O ROBÔ INVES­TI­DOR

   No fim do ano pas­sa­do, o Sofi­sa Dire­to incluiu no seu apli­ca­ti­vo um robô espe­ci­a­li­za­do em suge­rir inves­ti­men­tos a par­tir de inte­li­gên­cia arti­fi­ci­al. Para isso, ele uti­li­za algo­rit­mos sofis­ti­ca­dos para ana­li­sar os movi­men­tos do mer­ca­do finan­cei­ro, o per­fil dos cli­en­tes, a dis­po­ni­bi­li­da­de de recur­sos e as metas esta­be­le­ci­das. A novi­da­de – uma “mão na roda” para inves­ti­do­res de pri­mei­ra via­gem – foi deci­si­va para o ban­co alcan­çar des­ta­que no estu­do Whow! den­tro do con­cor­ri­do mer­ca­do de ban­cos digi­tais. “Fomos o pri­mei­ro ban­co 100% digi­tal do País. O nos­so foco era ape­nas cri­ar um mode­lo bara­to, sem pega­di­nhas para o cli­en­te e que fizes­se ele ganhar dinhei­ro com a gen­te” lem­bra Ales­san­dro Andra­de, head do Sofi­sa Dire­to. Na oca­sião, diz ele, o ban­co lan­çou uma pla­ta­for­ma sem agên­ci­as, com tari­fa zero e com inves­ti­men­tos em CDB com ren­ta­bi­li­da­de de 100% do CDI. “Ain­da hoje, é algo ino­va­dor e que, em par­te, foi copi­a­do por outros ban­cos digi­tais. Não pen­sa­mos na ino­va­ção pela ino­va­ção, mas sim em eli­mi­nar pon­tos de atri­to que cau­sa­vam dor aos cli­en­tes”.



red bull

ASAS AO EMPRE­EN­DE­DO­RIS­MO

   Fes­ti­vais de músi­ca e ati­vi­da­des com atle­tas são ações conhe­ci­das da Red Bull. Ago­ra, a apos­ta da mar­ca é o Red Bull Amaphi­ko, um pro­je­to que nas­ceu em 2014 na Áfri­ca do Sul e con­ta com 45 empre­en­de­do­res no Bra­sil em áre­as como sus­ten­ta­bi­li­da­de, edu­ca­ção, dan­ça e aces­si­bi­li­da­de. Por meio de uma com­pe­ti­ção, pro­je­tos são sele­ci­o­na­dos para uma con­sul­to­ria de dez dias com um men­tor que aju­da a dar vida às idei­as. Um dos cases mais conhe­ci­dos é o da SSEX­BOX, um pro­je­to soci­al que bus­ca ofe­re­cer pers­pec­ti­vas plu­rais sobre sexu­a­li­da­de e gêne­ro. “No fun­do, a gen­te está bus­can­do pes­so­as cri­a­ti­vas que tenham talen­to e ener­gia para olhar para pro­ble­mas e enxer­gar algum tipo de solu­ção para as pes­so­as”, expli­ca Gabri­el Gomes, geren­te de ino­va­ção soci­al da Red Bull.




Tic­ket

O BENE­FÍ­CIO DA AUTO­MA­ÇÃO

   Dian­te da neces­si­da­de de tor­nar seu back offi­ce mais efi­ci­en­te, a Tic­ket, uma das mai­o­res empre­sas de bene­fí­ci­os do País, usou a tec­no­lo­gia de Robo­tic Pro­cess Auto­ma­ti­on (RPA) para auto­ma­ti­zar 53 pro­ces­sos. Com a medi­da, coi­sas sim­ples, como a soli­ci­ta­ção de segun­da via de car­tão, a rea­ti­va­ção dele ou a rever­são de cré­di­to, pas­sa­ram a ser fei­tas em um dia útil. Ao todo, 6.800 ocor­rên­ci­as já foram aten­di­das de manei­ra robo­ti­za­da, pou­pan­do 700 horas de tra­ba­lho huma­no. Desen­vol­vi­da pela Eden­red no Bra­sil, a solu­ção deu tão cer­to que foi expor­ta­da para outras uni­da­des de negó­cio da com­pa­nhia na Fran­ça, no Méxi­co, no Chi­le e no Peru. “Todo o pro­je­to foi desen­vol­vi­do pelo time Bra­sil, que colo­cou a ima­gi­na­ção para tra­ba­lhar, a fim de cri­ar uma fer­ra­men­ta que se tra­du­zis­se no pro­pó­si­to da mar­ca: tor­nar tan­gí­veis for­mas ins­pi­ra­do­ras de cone­xão de empre­sas, empre­ga­dos e comer­ci­an­tes”, diz Luiz Adol­fo Grup­pi Afon­so, CIO da Eden­red para Amé­ri­cas.




Mas­ter­card

CAR­TEI­RA DIGI­TAL

   Uma pes­qui­sa rea­li­za­da pela Mas­ter­card em par­ce­ria com a Nors­tat no Bra­sil mos­tra que 52% dos con­su­mi­do­res aban­do­nam suas com­pras no ambi­en­te on-line quan­do esque­cem a senha, por exem­plo. Para tor­nar o pro­ces­so de chec­kout mais flui­do, a Mas­ter­card lan­çou, em 2017, o Mas­ter­pass, uma car­tei­ra digi­tal que per­mi­te ao cli­en­te pre­en­cher as infor­ma­ções do car­tão, seja ele Mas­ter­card, seja Maes­tro, Ame­ri­can Express, Diners Club ou Visa, ape­nas uma vez. Depois, bas­ta uti­li­zar o botão do Mas­ter­pass para fina­li­zar a com­pra. “A Mas­ter­card apoia o flu­xo de paga­men­tos do mer­ca­do bra­si­lei­ro e for­ne­ce ser­vi­ços e solu­ções que per­mi­tam às pes­so­as paga­rem da for­ma como pre­fe­rem”, diz Sarah Buchwitz, vice-pre­si­den­te de Comu­ni­ca­ção e Mar­ke­ting da Mas­ter­card Bra­sil e Cone Sul. “Com­pre­en­der os bene­fí­ci­os per­ce­bi­dos pelo con­su­mi­dor e os pon­tos crí­ti­cos em sua jor­na­da de com­pra nos aju­dam a estar um pas­so à fren­te no desen­vol­vi­men­to de solu­ções que tenham suas neces­si­da­des no cen­tro de nos­sa estra­té­gia”.



GRU­PO M.Ã.E

GIRL POWER

   “Somos uma star­tup fun­da­da por duas mulhe­res apai­xo­na­das por suas famí­li­as, que des­mis­ti­fi­cam a mater­ni­da­de e têm uma visão fora da cai­xa sobre car­rei­ras para mães”. Esse é o slo­gan do Gru­po M.Ã.E – sigla para Mater­ni­da­de Ali­a­da ao Empre­en­de­do­ris­mo. À fren­te da fun­da­ção e das ati­vi­da­des da star­tup estão Lia Cas­tro e Car­mem Madri­lis. Elas usam a pla­ta­for­ma digi­tal para fomen­tar o negó­cio de mães que pre­ci­sam con­ci­li­ar a roti­na pro­fis­si­o­nal com a mater­ni­da­de. “Cri­a­mos uma fer­ra­men­ta estra­té­gi­ca para aumen­tar o núme­ro de mulhe­res em car­gos de lide­ran­ça de gran­des orga­ni­za­ções. Que­re­mos tra­zer solu­ções para com­ple­men­tar o pro­gra­ma de aco­lhi­men­to à mater­ni­da­de de orga­ni­za­ções. Che­ga de mater­ni­da­de soli­tá­ria”, defen­dem as fun­da­do­ras. Entre as ini­ci­a­ti­vas do Gru­po M.Ã.E está um livro no qual Lia e Car­mem com­par­ti­lham suas his­tó­ri­as. “Esse livro não é um manu­al. Ele é um empur­rão. Uma ins­pi­ra­ção. Uma luz no fim do túnel. Um abra­ço de enco­ra­ja­men­to!”, diz Car­mem.



VITA­CON

IMÓ­VEL: UM BEM OU SER­VI­ÇO?

   Nos últi­mos anos, a Vita­con ganhou noto­ri­e­da­de pela ven­da de imó­veis com metra­gens mais enxu­tas, porém em ende­re­ços bada­la­dos da cida­de de São Pau­lo. A estra­té­gia deu cer­to e, ago­ra, a com­pa­nhia quer pro­mo­ver uma revo­lu­ção no setor: para ela, imó­vel será um ser­vi­ço e não um bem. Esse pro­ces­so come­çou a se mate­ri­a­li­zar por meio de uma ideia cha­ma­da Hou­si, uma pla­ta­for­ma 100% digi­tal para alu­gar apar­ta­men­tos de dez metros qua­dra­dos. Todos eles vêm com opção de inter­net e uma lis­ta curi­o­sa de ser­vi­ços, como faxi­nas. De que­bra, o ser­vi­ço exclui a neces­si­da­de de um fia­dor. “Temos essa lei­tu­ra de que o nos­so negó­cio deve seguir na dire­ção de um mode­lo mem­bership (fili­a­ção ou clu­be), com foco na pres­ta­ção de ser­vi­ços em vez da ven­da de apar­ta­men­to. Não acre­di­to nes­se mode­lo no qual uma pes­soa se endi­vi­da por 30 anos. Vamos pro­vo­car uma segun­da revo­lu­ção no setor”, dis­se Ale­xan­dre Fran­kel, fun­da­dor e CEO da Vita­con.



ACCEN­TU­RE

INO­VA­ÇÃO BASE­A­DA EM ANALY­TICS

   Em 2017, a con­sul­to­ria Accen­tu­re inau­gu­rou, no Bra­sil, o Analy­tics Inno­va­ti­on Cen­ter, um cen­tro de desen­vol­vi­men­to e expe­ri­men­ta­ção tec­no­ló­gi­ca loca­li­za­do no Rio de Janei­ro e que fun­ci­o­na como um hub de analy­tics. Esse é o quin­to espa­ço do gêne­ro no mun­do. Os demais estão em Bar­ce­lo­na, Dublin, Ate­nas e Sin­ga­pu­ra. No espa­ço, tra­ba­lham mais de 200 pro­fis­si­o­nais, entre eles cien­tis­tas, enge­nhei­ros e arqui­te­tos de dados. Uma das fun­ções do espa­ço é pro­mo­ver a ino­va­ção base­a­da na aná­li­se de dados para aju­dar áre­as como mar­ke­ting, cadeia de supri­men­tos, pro­du­ção, finan­ças e de ris­cos a toma­rem deci­sões mais asser­ti­vas. “Com a apli­ca­ção da inte­li­gên­cia ana­lí­ti­ca é pos­sí­vel trans­for­mar dados – inter­nos e exter­nos – em insights dis­rup­ti­vos, que auxi­li­am nas toma­das de deci­são em mar­ke­ting e em ven­das, por exem­plo”, diz Rob­son Sano, dire­tor de Data Sci­en­ce da Accen­tu­re no Bra­sil.




AEC

O FUTU­RO DA GES­TÃO DE PES­SO­AS

   A ino­va­ção na AeC tem nome: Robby­son. Lan­ça­da ofi­ci­al­men­te em 2017, tra­ta-se de uma pla­ta­for­ma de ges­tão de pes­so­as que usa a gami­fi­ca­ção para enga­jar os cola­bo­ra­do­res e enten­der onde estão os gar­ga­los de uma com­pa­nhia. “Nós enxer­ga­mos uma for­te neces­si­da­de de parar de men­su­rar a per­for­man­ce das pes­so­as pela média. Nin­guém quer ser medi­a­no. Numa gran­de ope­ra­ção, quan­do você não con­se­gue ava­li­ar as pes­so­as indi­vi­du­al­men­te, você aca­ba enxer­gan­do os pro­fis­si­o­nais pela média. A média pode bene­fi­ci­ar aque­les que estão aquém do espe­ra­do e subes­ti­mar aque­les que entre­gam mui­to além da média”, afir­ma Cas­sio Aze­ve­do, sócio da AeC. Se depen­der da empre­sa, o futu­ro da pla­ta­for­ma será pro­mis­sor. “Nos­sa expec­ta­ti­va é revo­lu­ci­o­nar a ges­tão de pes­so­as e o atin­gi­men­to de metas e pro­du­ti­vi­da­de das empre­sas”, garan­te o exe­cu­ti­vo.




O BOTI­CÁ­RIO

A ESSÊN­CIA DA INTE­LI­GÊN­CIA ARTI­FI­CI­AL

   Em par­ce­ria com a IBM e a empre­sa de fra­grân­ci­as ale­mã Sym­ri­se, o Boti­cá­rio lan­çou, este ano, duas novas fra­grân­ci­as pro­du­zi­das pela Phily­ra, uma inte­li­gên­cia arti­fi­ci­al. A novi­da­de é uma ten­ta­ti­va da mar­ca de alcan­çar as Gera­ções Y e Z – os Mil­len­ni­als. Com uma base de dados de 1,7 milhão de fór­mu­las, além de infor­ma­ções como o núme­ro de ven­das por paí­ses e fai­xas etá­ri­as, a fer­ra­men­ta é capaz de fazer infi­ni­tas com­bi­na­ções. “Ao oti­mi­zar­mos o pro­ces­so, tere­mos pro­fis­si­o­nais mais dis­po­ní­veis para fazer o que máqui­na não faz”, comen­ta Tia­go Mar­ti­nel­lo, geren­te de Pes­qui­sa e Desen­vol­vi­men­to do Gru­po Boti­cá­rio.




PETRO­BRAS DIS­TRI­BUI­DO­RA


COM­BUS­TÍ­VEL PARA AS STAR­TUPS

   Líder no mer­ca­do bra­si­lei­ro de dis­tri­bui­ção de com­bus­tí­veis e lubri­fi­can­tes, a BR Dis­tri­bui­do­ra está de olho nas star­tups. Pelo pro­je­to Ino­va­BR, res­pon­sá­vel por incu­bar e ace­le­rar idei­as, oito pro­je­tos estão sen­do, nes­te momen­to, ace­le­ra­dos. “As inte­gra­ções entre gru­pos diver­sos, que tra­ba­lham ins­pi­ra­dos pela meto­do­lo­gia ágil, tra­zem efei­tos mui­to posi­ti­vos para a com­pa­nhia como um todo”, afir­ma Aspen Ander­sen, CIO da Petro­bras Dis­tri­bui­do­ra. Além do Ino­va­BR, a empre­sa pro­mo­ve um “Desa­fio de Star­tups”, que bus­ca solu­ções ino­va­do­ras em mobi­li­da­de para pes­so­as, para negó­ci­os e sus­ten­ta­bi­li­da­de; e uma Comis­são de Ino­va­ção, que hoje tem como foco o uni­ver­so cor­po­ra­ti­vo, a pro­to­ti­pa­ção rápi­da, cone­xões com star­tups e inte­ra­ção com ecos­sis­te­ma de ino­va­ção aber­ta.




INS­TI­TU­TO MAUÁ DE TEC­NO­LO­GIA


MIT BRA­SI­LEI­RO

   A expe­ri­men­ta­ção e a cri­a­ção de novas tec­no­lo­gi­as fei­tas no Bra­sil – e por bra­si­lei­ros – é uma das conhe­ci­das defi­ci­ên­ci­as da edu­ca­ção supe­ri­or no País. Uma exce­ção à regra é o Ins­ti­tu­to Mauá de Tec­no­lo­gia, uma espé­cie de MIT bra­si­lei­ro. Loca­li­za­da em São Cae­ta­no do Sul, a ins­ti­tui­ção de ensi­no foi uma das prin­ci­pais for­ne­ce­do­ras de mão de obra qua­li­fi­ca­da para a indús­tria auto­mo­bi­lís­ti­ca que se ins­ta­lou no ABC Pau­lis­ta – tam­bém conhe­ci­da a Detroit bra­si­lei­ra. Isso aju­dou a impul­si­o­nar e a desen­vol­ver uma das atu­ais voca­ções da Mauá: o apre­ço por novas tec­no­lo­gi­as. No ano pas­sa­do, alu­nos, pro­fes­so­res e pes­qui­sa­do­res do Cen­tro de Pes­qui­sa da ins­ti­tui­ção par­ti­ci­pa­ram de diver­sos gru­pos de pes­qui­sa nas áre­as de micro­on­das, softwa­res de nave­ga­ção de saté­li­tes, entre outros. “Nós enten­de­mos que para um pro­ces­so ou pro­du­to ser ino­va­dor deve ser sus­ten­ta­do com base no que cha­ma­mos de Tri­pé da Ino­va­ção. Ele é for­ma­do pelo conhe­ci­men­to téc­ni­co e sua via­bi­li­da­de (fea­si­bi­lity), pelas ques­tões que tra­tam de pro­ces­sos comer­ci­ais e jurí­di­cos tal como via­bi­li­da­de econô­mi­ca (via­bi­lity) e, final­men­te, pela bele­za das for­mas e fun­ci­o­na­li­da­des (desi­ra­bi­lity), área em que os desig­ners são os prin­ci­pais pro­ta­go­nis­tas”, afir­ma Clau­dio Fol­tran, res­pon­sá­vel pela Divi­são de Ino­va­ção e Qua­li­da­de do Ins­ti­tu­to Mauá de Tec­no­lo­gia.



MAGA­ZI­NE LUI­ZA

TEO­RIA EM PRÁ­TI­CA


   Mui­tas vezes com­pa­ra­do à Ama­zon, o Maga­zi­ne Lui­za mos­tra não só que está pre­pa­ra­do para a era digi­tal como quer con­ti­nu­ar lide­ran­do o movi­men­to de digi­ta­li­za­ção do vare­jo bra­si­lei­ro. Enquan­to o mer­ca­do on-line como um todo cres­ceu 13,4% no últi­mo tri­mes­tre de 2018, segun­do o Ebit, as ven­das fora das lojas físi­cas do Maga­lu cres­ce­ram impres­si­o­nan­tes 57,4% no perío­do. O e‑commerce já repre­sen­ta 38% das ven­das da empre­sa. Gran­de par­te des­te suces­so pode ser cre­di­ta­da ao Lui­za Labs, o cen­tro de pes­qui­sa e desen­vol­vi­men­to do Maga­zi­ne Lui­za. Na empre­sa, tudo que é rela­ci­o­na­do à tec­no­lo­gia pas­sa por pelo menos um dos núcle­os da equi­pe de 800 pro­fis­si­o­nais. O Labs é res­pon­sá­vel por gran­des pro­je­tos, entre eles estão o Maga­zi­ne e Você – que cria lojas vir­tu­ais para qual­quer pes­soa – e o Bob – apli­ca­ção de Big Data res­pon­sá­vel por todas as reco­men­da­ções de pro­du­tos do e‑commerce. “O Labs nas­ceu com a ideia de trans­for­mar o mind­set da empre­sa”, afir­ma Dani­el Cas­si­a­no, dire­tor do Lui­za Labs. Segun­do o exe­cu­ti­vo, o Lui­za Labs pode entre­gar pro­je­tos que nor­mal­men­te leva­ri­am um ano em até três meses. Isso acon­te­ce por cau­sa do pro­ces­so de sele­ção: “O prin­ci­pal fator para con­tra­ta­ção não é téc­ni­co, mas sim a baga­gem cul­tu­ral e com­por­ta­men­tal. Uma vez que a gen­te acer­ta, o res­tan­te fica mais tran­qui­lo”, expli­ca.


ENER­GIA E UTI­LI­TI­ES | NEO­E­NER­GIA

ENER­GIA NA PON­TA DOS DEDOS

   A Elek­tro, empre­sa do Gru­po Neo­e­ner­gia, lan­çou em novem­bro do ano pas­sa­do o pro­je­to Ener­gia do Futu­ro. Ele pro­põe um novo mode­lo de dis­tri­bui­ção de ener­gia elé­tri­ca nas cida­des de Ati­baia, Bom Jesus dos Per­dões e Naza­ré Pau­lis­ta, no inte­ri­or de São Pau­lo, por meio da ins­ta­la­ção de medi­do­res inte­li­gen­tes. A Elek­tro já ini­ci­ou a ins­ta­la­ção de 2 mil apa­re­lhos em resi­dên­ci­as de Ati­baia no últi­mo mês e garan­te que, até o fim do ano, 75 mil equi­pa­men­tos vão pos­si­bi­li­tar aos cli­en­tes das três cida­des fazer um acom­pa­nha­men­to diá­rio do con­su­mo de ener­gia e defi­nir um pla­no de eco­no­mia via app. Para garan­tir uma comu­ni­ca­ção efi­ci­en­te, a Elek­tro fechou uma par­ce­ria com a Nokia para implan­ta­ção de uma rede de comu­ni­ca­ção 4G LTE. Será a pri­mei­ra do tipo no País. O gru­po con­ta ain­da com uma ver­ba de R$ 25 milhões por ano para inves­ti­men­to em tec­no­lo­gi­as vol­ta­das a redes inte­li­gen­tes, gera­ção dis­tri­buí­da e fon­tes de ener­gia reno­vá­veis.


ENTRE­GAS POR APP | LOG­GI
ENTRE­GAS SOBRE DUAS RODAS

   Os desa­fi­os logís­ti­cos bra­si­lei­ros se mos­tram um uni­ver­so de pos­si­bi­li­da­des para inves­ti­do­res estran­gei­ros. Que o digam Soft­Bank, Micro­soft, GGV, Fifth Wall e Velt Part­ners, que se uni­ram para fun­dar a Log­gi, um apli­ca­ti­vo bra­si­lei­ro de entre­gas por moto­boys. Recen­te­men­te, a star­tup arre­ca­dou US$ 150 milhões, tor­nan­do-se um uni­cór­nio, com valor de mer­ca­do supe­ri­or a US$ 1 bilhão. “Este é um mar­co finan­cei­ro que con­fir­ma que a Log­gi está no cami­nho cer­to para alcan­çar sua mis­são de conec­tar o Bra­sil, rein­ven­tan­do a logís­ti­ca com o uso de tec­no­lo­gia”, des­ta­ca Fabi­en Men­dez, CEO da Log­gi. O inves­ti­men­to será des­ti­na­do à expan­são ter­ri­to­ri­al da star­tup, com a cri­a­ção de cen­tros de expe­di­ções urba­nos e o aumen­to da malha logís­ti­ca, incluin­do trans­por­te aéreo. O apor­te tam­bém deve cata­pul­tar o ser­vi­ço de entre­ga no mes­mo dia para outros muni­cí­pi­os, um desa­fio e tan­to para o e‑commerce.



DRO­GA­RIA ONO­FRE

ROBÔ FAR­MA­CÊU­TI­CO


   Em sua loja-con­cei­to, na Ave­ni­da Pau­lis­ta, em São Pau­lo, a Ono­fre apos­tou na expe­ri­ên­cia digi­tal. Lá, os con­su­mi­do­res podem fazer o chec­kout nos totens de auto­a­ten­di­men­to e reti­rar os pedi­dos onli­ne, mas o gran­de astro da uni­da­de é o robô far­ma­cêu­ti­co. O equi­pa­men­to auto­ma­ti­za o pro­ces­so de arma­ze­na­men­to, sepa­ra­ção e de dis­tri­bui­ção de remé­di­os. Assim, aju­da a evi­tar des­per­dí­ci­os, moni­to­ran­do a dosa­gem e a data de vali­da­de das medi­ca­ções. A máqui­na leva ape­nas 30 segun­dos para pegar o medi­ca­men­to e entre­gar ao far­ma­cêu­ti­co. Além dis­so, pro­duz um rela­tó­rio que mos­tra o volu­me de saí­da de cada pro­du­to do esto­que, além de pos­suir um refri­ge­ra­dor para arma­ze­nar as medi­ca­ções que neces­si­tam de tem­pe­ra­tu­ras con­tro­la­das. “Na Ono­fre, nós ana­li­sa­mos quais são as mai­o­res dores antes de pen­sar a auto­ma­ção”, diz Eli­zan­ge­la Kio­ko, pre­si­den­te da Ono­fre.



3M DO BRA­SIL

INO­VA­ÇÃO NA VEIA

   No últi­mo ano, a 3M inves­tiu 3,8% das ven­das em pes­qui­sa e desen­vol­vi­men­to, lan­çou 48 novos pro­du­tos e teve 133 con­ces­sões de paten­te. “A 3M rea­li­za estu­dos sobre mega­ten­dên­ci­as e iden­ti­fi­ca con­ti­nu­a­men­te, por meio de pes­qui­sas, aná­li­ses de dados e inten­sa inte­ra­ção com seus cli­en­tes, quais são os pro­ble­mas ou difi­cul­da­des que ela pode solu­ci­o­nar por meio de novos pro­du­tos ou solu­ções”, expli­ca Pau­lo Gan­dol­fi, dire­tor de P&D da empre­sa. Uma das ino­va­ções são as resi­nas Fil­tek One Bulk Fill para uso na odon­to­pe­di­a­tria. Desen­vol­vi­do pelos labo­ra­tó­ri­os da 3M nos Esta­dos Uni­dos e na Ale­ma­nha, o novo tipo de resi­na pos­si­bi­li­ta que paci­en­tes pediá­tri­cos e den­tis­tas tenham uma melhor expe­ri­ên­cia duran­te o pro­ce­di­men­to de res­tau­ra­ção, redu­zin­do as eta­pas da inter­ven­ção e dan­do mais lon­ge­vi­da­de ao pro­du­to. Outras tec­no­lo­gi­as vêm sen­do desen­vol­vi­das em áre­as como repa­ra­ção auto­mo­ti­va, pro­te­ção de redes elé­tri­cas em áre­as de con­ta­to com vege­ta­ção e empa­co­ta­men­to atra­vés de solu­ções via inter­net das coi­sas. “Faze­mos e com­pra­mos mui­tas pes­qui­sas para enten­der as neces­si­da­des dos con­su­mi­do­res, mudan­ças de com­por­ta­men­to e expec­ta­ti­va. Além dis­so, tro­ca­mos infor­ma­ções com nos­sos cole­gas de labo­ra­tó­ri­os, mar­ke­ting e ven­das de outros paí­ses para iden­ti­fi­car algo já cri­a­do que pos­sa con­tri­buir com a neces­si­da­de do nos­so cli­en­te no Bra­sil”, con­ta Gan­dol­fi.



SAM­SUNG
PRO­DU­TOS INTE­LI­GEN­TES

   Con­si­de­ra­da a empre­sa mais ino­va­do­ra na cate­go­ria Ele­tro­e­le­trô­ni­cos, a Sam­sung tem como pre­mis­sa incen­ti­var o desen­vol­vi­men­to de solu­ções que gerem mudan­ças posi­ti­vas na vida das pes­so­as. Este ano, a com­pa­nhia lan­çou as smart TVs QLED 8K com um pro­ces­sa­dor que uti­li­za inte­li­gên­cia arti­fi­ci­al para melho­rar a ima­gem. “Para rea­li­zar esse ups­ca­ling, a TV faz uma aná­li­se de cada cena em tem­po real e con­sul­ta um ban­co inter­no com mais de 8 milhões de ima­gens em alta e bai­xa reso­lu­ção. Todas elas ser­vem como refe­rên­cia para pre­en­cher os pixels fal­tan­tes, inde­pen­den­te­men­te do con­teú­do nati­vo (4K, full HD ou HD), fazen­do com que deta­lhes e tex­tu­ras sejam recri­a­dos e atin­jam qua­li­da­de pró­xi­ma ao 8K”, con­ta Edu­ar­do Cone­jo, geren­te de Ino­va­ção da Sam­sung na Amé­ri­ca Lati­na. Outras novi­da­des foram os smartpho­nes da linha Galaxy S9, S9+ e Note9, que trou­xe­ram a aber­tu­ra dupla das câme­ras, a linha Galaxy S10, com ino­va­ções como o car­re­ga­men­to da bate­ria por con­ta­to, e a QDri­ve, lava e seca inte­li­gen­te que, além de redu­zir o tem­po de lava­gem, é inte­gra­da à pla­ta­for­ma de Inter­net das Coi­sas da Sam­sung para garan­tir a conec­ti­vi­da­de da máqui­na.



ACHÉ
SCAN­NER PARA MEDI­CA­MEN­TOS

   Para faci­li­tar a vida do con­su­mi­dor, a rede de labo­ra­tó­ri­os Aché desen­vol­veu o Aché Meus Medi­ca­men­tos, um apli­ca­ti­vo que iden­ti­fi­ca o medi­ca­men­to, sua ori­gem, eta­pas de pro­du­ção e bulas ori­gi­nais. Dis­po­ní­vel nas ver­sões Android e iOS, a pla­ta­for­ma uti­li­za a câme­ra do smartpho­ne para fazer o esca­ne­a­men­to do pro­du­to e dis­po­ni­bi­li­za víde­os expli­ca­ti­vos sobre o remé­dio. De acor­do com o Aché, a ini­ci­a­ti­va visa apoi­ar o pro­gra­ma de ras­tre­a­bi­li­da­de do Sis­te­ma Naci­o­nal de Con­tro­le de Medi­ca­men­tos (SNCM). Apro­va­do em 2017, o SNCM pas­sa a valer para toda a cadeia far­ma­cêu­ti­ca a par­tir de 2021 e pre­ten­de garan­tir a ras­tre­a­bi­li­da­de dos medi­ca­men­tos, evi­tan­do a com­pra de remé­di­os fal­si­fi­ca­dos, rou­ba­dos ou adul­te­ra­dos. O apli­ca­ti­vo gra­va o his­tó­ri­co do paci­en­te com horá­ri­os e dias para a medi­ca­ção. “É um recur­so inte­res­san­te para quem toma mais de um com­pri­mi­do por dia, já que o paci­en­te pode agen­dar mais de um alar­me e garan­tir a ade­são cor­re­ta aos tra­ta­men­tos”, come­mo­ra Fábio For­tu­na­to, geren­te de Pro­du­tos da fran­quia Res­pi­ra­tó­ria do Aché.


BRAS­KEM
PET SUS­TEN­TÁ­VEL

   Líder em pro­du­ção de resi­na de base reno­vá­vel no mun­do, a Bras­kem vem fazen­do, des­de o ano pas­sa­do, tes­tes para veri­fi­car a pos­si­bi­li­da­de de usar o açú­car como cata­li­sa­dor na pro­du­ção de mono­e­ti­le­no­gli­col (MEG), um dos prin­ci­pais ingre­di­en­tes do PET. A ini­ci­a­ti­va sur­giu de uma par­ce­ria com a empre­sa dina­mar­que­sa Hal­dor Top­soe, espe­ci­a­lis­ta em cata­li­sa­do­res. A pre­vi­são é de que o PET à base de cana-de-açú­car seja lan­ça­do no mer­ca­do em 2021, mas já no ano que vem os cli­en­tes vão come­çar a rece­ber amos­tras para tes­ta­rem em seus pro­du­tos. “A ino­va­ção na Bras­kem per­meia todas as áre­as da empre­sa, não sen­do exclu­si­vi­da­de do setor de ciên­cia e tec­no­lo­gia. Ela vai des­de a área de sus­ten­ta­bi­li­da­de, com pro­je­tos como Bras­kem Labs – que incen­ti­va empre­en­de­do­res a pen­sa­rem solu­ções soci­o­am­bi­en­tais ino­va­do­ras –, até o rela­ci­o­na­men­to com o cli­en­te”, expli­ca Gil­fran­que Lei­te, dire­tor de Ino­va­ção e Tec­no­lo­gia da Bras­kem. “Enten­der para onde a soci­e­da­de se move é essen­ci­al para com­pre­en­der­mos para onde essas deman­das evo­lu­em e desen­vol­ver­mos estra­té­gi­as para resol­ver os pro­ble­mas que pre­ci­sa­mos resol­ver”.



SKY
CON­SUL­TO­RA DA TELI­NHA

  Lan­ça­da em abril do ano pas­sa­do, a K, assis­ten­te digi­tal da Sky, tem-se tor­na­do uma con­sul­to­ra na indi­ca­ção de pro­gra­ma­ções e fil­mes para os cli­en­tes. Com men­sa­gens infor­mais e des­po­ja­das, a empre­sa já regis­trou mais de 1 milhão de con­ver­sas com ela. Três em cada dez inte­ra­ções bus­cam suges­tões de pro­gra­ma­ção. Dis­po­ní­vel no app, K dá dicas de canais, envia men­sa­gens de acor­do com datas espe­ci­ais e aju­da o cli­en­te em pro­ble­mas rela­ci­o­na­dos a ima­gem, sinal, fatu­ra e visi­ta téc­ni­ca. A K tam­bém atua pro­a­ti­va­men­te ao per­gun­tar se ele quer ser avi­sa­do quan­do um deter­mi­na­do fil­me estre­ar nos canais da ope­ra­do­ra, e inte­ra­ge em datas sazo­nais. Entre as men­sa­gens sim­pá­ti­cas está essa aqui: “Hoje é Dia dos Namo­ra­dos. Tá tudo lota­do, né?! Que tal ficar em casa e cur­tir um fil­mi­nho? Me fala o que você quer assis­tir que eu pro­cu­ro para você”. “A gen­te tra­ba­lha todos os dias para ele­var a nos­sa bar­ra por­que o cli­en­te está sem­pre ele­van­do as suas expec­ta­ti­vas”, diz Rapha­el Duai­li­bi, vice-pre­si­den­te de cli­en­tes da Sky.



GROW
VÁ DE PATI­NE­TE

   Não faz mui­to tem­po, pare­cia impen­sá­vel que pati­ne­tes e bici­cle­tas entra­ri­am no hall de solu­ções para mobi­li­da­de urba­na, com­pe­tin­do por espa­ço com os veí­cu­los tra­di­ci­o­nais, como car­ros e motos. Mas hoje os veí­cu­los alter­na­ti­vos já fazem par­te da pai­sa­gem de gran­des cida­des bra­si­lei­ras. O suces­so do com­par­ti­lha­men­to des­ses novos modais cri­ou a Grow. Resul­ta­do da fusão da mexi­ca­na Grin com a bra­si­lei­ra Yel­low, a empre­sa sur­ge não ape­nas como uma solu­ção para a mobi­li­da­de urba­na, mas tam­bém para a redu­ção da emis­são de polu­en­tes. Segun­do o Detran-SP, o núme­ro de veí­cu­los movi­dos a com­bus­tí­veis polu­en­tes em todo o Esta­do de São Pau­lo ultra­pas­sa os 30 milhões para uma popu­la­ção de 44 milhões de pes­so­as. Na capi­tal, são mais de 8 milhões de veí­cu­los des­se tipo para 12 milhões de cida­dãos. Pior: entre 2009 e 2017, a malha viá­ria no Bra­sil cres­ceu ape­nas 0,5%, enquan­to o núme­ro de veí­cu­los bateu cres­ci­men­to de 63%. Essa rea­li­da­de esten­de-se pelos paí­ses da Amé­ri­ca Lati­na, onde Grin e Yel­low con­cen­tram seus esfor­ços. Segun­do Jonathan Lewy, cofun­da­dor da Grin e pre­si­den­te do con­se­lho da Grow Mobi­lity Inc., a opor­tu­ni­da­de de mer­ca­do na região é enor­me. “Ambas as empre­sas estão esca­lan­do o mais rápi­do pos­sí­vel para aten­der à deman­da dos usuá­ri­os em toda a região. Essa tran­sa­ção apre­sen­tou uma gran­de opor­tu­ni­da­de de com­bi­nar for­ças e recur­sos para avan­çar mais rapi­da­men­te e aten­der a nos­sa região de ori­gem”, reve­la o exe­cu­ti­vo.


CEN­TAU­RO
HUBS DE EXPE­RI­ÊN­CI­AS

   Ao pas­so que as lojas vir­tu­ais tomam con­ta do con­cei­to de como­di­da­de, o vare­jo físi­co cami­nha em dire­ção à pres­ta­ção de ser­vi­ços. As lojas se tor­na­ram pon­tos de encon­tro de fãs com influ­en­ci­a­do­res, cen­tros de assis­tên­cia téc­ni­ca e sedes para pales­tras e workshops. A Cen­tau­ro acom­pa­nha esse movi­men­to com o seu novo mode­lo de loja. O obje­ti­vo da mar­ca é ser vis­ta pelos con­su­mi­do­res como um hub de espor­tes, um lugar onde eles pos­sam acom­pa­nhar a trans­mis­são de even­tos espor­ti­vos, aulas e even­tos pro­mo­vi­dos em par­ce­ria com outras mar­cas. “Nós enten­de­mos que as lojas são um cen­tro de expe­ri­ên­cia. Pas­sa­mos a ter uma loja que que­bra as bar­rei­ras entre físi­co e digi­tal”, diz Artur Sil­va, dire­tor de Mar­ke­ting da Cen­tau­ro. A G5, como foi nome­a­da a nova gera­ção de lojas da Cen­tau­ro, tem nove fun­ci­o­na­li­da­des que tor­nam as uni­da­des mais ágeis e tec­no­ló­gi­cas. Entre as novi­da­des estão pro­va­do­res inte­li­gen­tes e estei­ras para tes­te de cal­ça­dos.


FIAT CHRYS­LER AUTO­MO­BI­LES (FCA)
ROBÔS NA FÁBRI­CA E NO ATEN­DI­MEN­TO

   Na Fiat Chrys­ler Auto­mo­bi­les (FCA), a bus­ca por ino­va­ções que melho­rem o pro­ces­so de pro­du­ção e a expe­ri­ên­cia do cli­en­te é cada vez mai­or. “Temos o desa­fio de res­sig­ni­fi­car o car­ro do futu­ro. O auto­mó­vel está se trans­for­man­do em uma pla­ta­for­ma conec­ta­da, cada vez mais autô­no­ma, asso­ci­a­da a um cli­en­te mais digi­tal, infor­ma­do e exi­gen­te”, comen­ta Bre­no Kamei, dire­tor de Port­fó­lio, Pes­qui­sa e Inte­li­gên­cia Com­pe­ti­ti­va da FCA para a Amé­ri­ca Lati­na. Entre as novi­da­des está o uso de machi­ne lear­ning em robôs res­pon­sá­veis por sol­dar peças na área de funi­la­ria. “Veri­fi­ca­mos no Polo Auto­mo­ti­vo Fiat em Betim a melho­ria de 37% nos índi­ces de qua­li­da­de des­se pro­ces­so”, comen­ta André Sou­za, CIO da empre­sa para a Amé­ri­ca Lati­na.



BENE­FI­CÊN­CIA POR­TU­GUE­SA
O DIAG­NÓS­TI­CO DO WAT­SON

   O uso de pro­ces­sa­men­to de lin­gua­gem e machi­ne lear­ning é a apos­ta do IBM Wat­son, desen­vol­vi­do pela A Bene­fi­cên­cia Por­tu­gue­sa de São Pau­lo, BP, em par­ce­ria com a tec­no­lo­gia e inte­li­gên­cia da IBM. Com a clas­si­fi­ca­ção de infor­ma­ções des­cri­tas pelos pron­tuá­ri­os ele­trô­ni­cos dos paci­en­tes para iden­ti­fi­car diag­nós­ti­cos, a tec­no­lo­gia da empre­sa tem como obje­ti­vo, prin­ci­pal­men­te, ofe­re­cer uma melhor assis­tên­cia para o usuá­rio. De acor­do com Líli­an Quin­tal Hoff­mann, dire­to­ra-exe­cu­ti­va de Tec­no­lo­gia e Ope­ra­ções da BP, tec­no­lo­gi­as apli­ca­das à saú­de são uma pro­mes­sa para melho­rar uma área de aten­di­men­to poten­ci­al do con­su­mi­dor. “Mui­to mais que apli­ca­ti­vos, a trans­for­ma­ção digi­tal tem o poten­ci­al para difun­dir saú­de, pois nos abre pos­si­bi­li­da­de de fazer dife­ren­te, mais e melhor. Aqui na BP, por exem­plo, já esta­mos tra­ba­lhan­do para um futu­ro pró­xi­mo, como a robo­ti­za­ção e a cri­a­ção de algo­rit­mos, que abre novos hori­zon­tes para a nos­sa ins­ti­tui­ção e que tra­gam melho­ria no aten­di­men­to pres­ta­do, no apoio à deci­são, nas infor­ma­ções pre­di­ti­vas e no ganho real para nos­sos paci­en­tes”, com­ple­ta.



SULA­MÉ­RI­CA
PEDI­A­TRA SEM SAIR DE CASA

   Des­de 2007, a SulA­mé­ri­ca usa chat­bots no aten­di­men­to ao cli­en­te. A novi­da­de é que, des­de o ano pas­sa­do, com a evo­lu­ção dos algo­rit­mos, pas­sou a dis­po­ni­bi­li­zar um assis­ten­te vir­tu­al, que dimi­nuiu em 90% o tem­po médio de res­pos­ta e aumen­tou para 50% o índi­ce de reso­lu­ções ime­di­a­tas. O cli­en­te encon­tra o AVI tan­to no site da SulA­mé­ri­ca quan­to no apli­ca­ti­vo SulA­mé­ri­ca Saú­de. “Con­for­me as novas tec­no­lo­gi­as se tor­nam cada vez mais dis­se­mi­na­das e aces­sí­veis para empre­sas de todas as indús­tri­as, ganha­rão van­ta­gem com­pe­ti­ti­va aque­las que sou­be­rem uti­li­zá-las para gerar valor para o con­su­mi­dor”, afir­ma Cris­ti­a­no Bar­bi­e­ri, vice-pre­si­den­te de Estra­té­gia Digi­tal, Advan­ced Analy­tics, Ino­va­ção e TI da SulA­mé­ri­ca. Entre as ini­ci­a­ti­vas recen­tes que mere­cem des­ta­que estão o Médi­co em Casa, que per­mi­te agen­dar aten­di­men­to médi­co em domi­cí­lio para cri­an­ças de até 12 anos e bene­fi­ciá­ri­os a par­tir de 65 anos, e o recém-lan­ça­do Médi­co na Tela, que dá aos res­pon­sá­veis por cri­an­ças de até 12 anos a opção de soli­ci­tar uma vide­o­cha­ma­da com pedi­a­tra para rece­ber ori­en­ta­ções e tirar dúvi­das.


ACCORHO­TELS
ROBÔ CON­CI­ER­GE

   Com mais de 4.800 hotéis e resorts em cer­ca de cem dife­ren­tes paí­ses e uma equi­pe de mais de 250 mil pes­so­as, o Gru­po Accor tem um gran­de desa­fio pela fren­te: entre­gar expe­ri­ên­cia aos hós­pe­des. Uma das saí­das foi inves­tir em empre­sas dis­rup­ti­vas. Foram mais de 12 aqui­si­ções de star­tups des­de 2016; entre elas a One­fi­nes­tay, que alu­ga casas e vilas luxu­o­sas em luga­res incrí­veis para que os hós­pe­des apro­vei­tem sua esta­dia com con­for­to e com o supor­te de uma equi­pe de aten­di­men­to 24 horas por dia. “O Airbnb nos fez repen­sar em expe­ri­ên­ci­as mais autên­ti­cas”, dis­se Maud Bailly, Chi­ef Digi­tal Offi­cer do Gru­po. Outra obses­são da Accor é ofe­re­cer uma expe­ri­ên­cia dife­ren­ci­a­da em todas as eta­pas da jor­na­da. “No Pull­man Vila Olím­pia há um robô que rece­be o visi­tan­te, dan­do indi­ca­ções de horá­ri­os, res­tau­ran­tes etc. Ele não vai subs­ti­tuir o fun­ci­o­ná­rio, mas pode tor­nar a expe­ri­ên­cia mais diver­ti­da”, con­ta Patrick Men­des, CEO Amé­ri­ca do Sul da AccorHo­tels.


TRIGG
INO­VA­ÇÃO DEN­TRO DA CASA (DO CLI­EN­TE)

   Antes de se lan­çar no mer­ca­do, a Trigg fez um inten­so tra­ba­lho de pes­qui­sa. “Íamos à casa das pes­so­as e ficá­va­mos qua­tro horas ali para enten­der o dia a dia delas: como paga­vam o trans­por­te, se tinham filho, quan­tas vezes por sema­na iam ao mer­ca­do… Tudo isso para iden­ti­fi­car gru­pos por afi­ni­da­des”, afir­ma a cofun­da­do­ra da star­tup, Mar­ce­la Miran­da. Des­de o come­ço das suas ope­ra­ções, em 2017, a fin­te­ch tem como obje­ti­vo tra­zer ao mer­ca­do novas solu­ções de paga­men­to. A Trigg cres­ceu no con­cor­ri­do mer­ca­do de mei­os de paga­men­to ao apos­tar em um car­tão digi­tal com cash­back. Ela se des­ta­cou ain­da como a pri­mei­ra fin­te­ch a ofe­re­cer tran­sa­ções por meio da car­tei­ra ele­trô­ni­ca da Sam­sung no Bra­sil, a Sam­sung Pay. “Acre­di­ta­mos na ino­va­ção nos mei­os de paga­men­tos. Todas as tec­no­lo­gi­as ‘pay’ vão mudar rapi­da­men­te a for­ma como com­pra­mos”, des­ta­ca a exe­cu­ti­va.



QUIN­TO­AN­DAR
UNI­CÓR­NIO NA ÁREA

   Cri­a­do em 2013 pelos estu­dan­tes bra­si­lei­ros de Stan­ford Gabri­el Bra­ga e André Penha, o Quin­to­An­dar aca­ba de se tor­nar um uni­cór­nio. Para alcan­çar o suces­so, a star­tup cri­ou um sis­te­ma em que tudo é fei­to de for­ma on-line – do agen­da­men­to da visi­ta à assi­na­tu­ra do con­tra­to. Um robus­to ban­co de dados tam­bém per­mi­te ava­li­ar o ris­co de ina­dim­plên­cia, assu­min­do o ris­co para que os loca­do­res sem­pre rece­bam o paga­men­to em dia. “Temos dados que nos per­mi­tem conhe­cer pro­fun­da­men­te as regiões em que atu­a­mos, bem como o com­por­ta­men­to dos poten­ci­ais inqui­li­nos”, expli­ca o CEO da star­tup, Gabri­el Bra­ga. O Quin­to­An­dar per­mi­te que mem­bros da pla­ta­for­ma ganhem R$ 100 mais 10% do pri­mei­ro alu­guel de imó­veis de ter­cei­ros quan­do estes são alu­ga­dos. A ini­ci­a­ti­va enga­ja não só pes­so­as físi­cas, mas tam­bém imo­bi­liá­ri­as que podem atu­ar na pla­ta­for­ma indi­can­do imó­veis de seus cli­en­tes. “Que­re­mos que as pes­so­as encon­trem a casa ide­al para cada momen­to da vida e, ao mes­mo tem­po, garan­tir que os pro­pri­e­tá­ri­os tenham cada vez mais liqui­dez na hora de alu­gar seus imó­veis”, diz Bra­ga.



STE­FA­NI­NI
EDU­CA­ÇÃO COM INTE­LI­GÊN­CIA ARTI­FI­CI­AL

   Pri­mei­ra colo­ca­da no ran­king das 100 empre­sas mais ino­va­do­ras do País, a Ste­fa­ni­ni cri­ou uma uni­ver­si­da­de cor­po­ra­ti­va digi­tal com foco no desen­vol­vi­men­to de com­pe­tên­ci­as com­por­ta­men­tais. “O apren­di­za­do que é adap­ta­do indi­vi­du­al­men­te com o uso da inte­li­gên­cia arti­fi­ci­al e esti­mu­la­do por meio de gami­fi­ca­ções cor­po­ra­ti­vas”, diz Bre­no Bar­ros, dire­tor Glo­bal de Ino­va­ção & Negó­ci­os Digi­tais da Ste­fa­ni­ni. A par­tir des­sa tec­no­lo­gia, a empre­sa tam­bém está desen­vol­ven­do solu­ções que tor­nam o ensi­no digi­tal mais aces­sí­vel a pes­so­as com defi­ci­ên­ci­as audi­ti­va e visu­al e por­ta­do­res de autis­mo. “A novi­da­de irá tra­zer recur­sos com supor­te a libras nos canais digi­tais e uso melhor de cores em ima­gens e víde­os que irão melho­rar a con­cen­tra­ção des­tes estu­dan­tes”, comen­ta. A Ste­fa­ni­ni já tem um his­tó­ri­co de desen­vol­vi­men­to de tec­no­lo­gi­as dis­rup­ti­vas para o seg­men­to edu­ca­ci­o­nal. Em 2017, desen­vol­veu a pla­ta­for­ma LIT para a esco­la de negó­cio Saint Paul. A solu­ção fun­ci­o­na como um ser­vi­ço de stre­a­ming no qual o alu­no ade­re a uma assi­na­tu­ra a par­tir de R$ 129 men­sais e tem aces­so uma gama de ser­vi­ços: 1.500 exer­cí­ci­os solu­ci­o­na­dos, 7 mil livros e dez pro­gra­mas de MBA. Todas as infor­ma­ções são con­sul­ta­das por meio do robô Paul – sem res­tri­ções de dia ou horá­rio. De acor­do com a empre­sa, a solu­ção deve­rá che­gar a outros gru­pos edu­ca­ci­o­nais bra­si­lei­ros e inter­na­ci­o­nais, mas os nomes ain­da não foram divul­ga­dos. “A inte­li­gên­cia arti­fi­ci­al cria uma edu­ca­ção indi­vi­du­a­li­za­da (ou adap­ta­ti­va) que per­mi­te desen­vol­ver com­pe­tên­ci­as téc­ni­cas e com­por­ta­men­tais”, con­clui Bar­ros.



TELEFÔ­NI­CA | VIVO
OLÁ, EU SOU A AURA!

   O uso da tec­no­lo­gia no aten­di­men­to ao con­su­mi­dor não é novi­da­de. Mas foi pen­san­do em pro­por­ci­o­nar uma expe­ri­ên­cia mais oti­mi­za­da ao cli­en­te que a Vivo cri­ou a Aura, sua assis­ten­te vir­tu­al. Mais de cem cola­bo­ra­do­res estão envol­vi­dos no setor de desen­vol­vi­men­to e manu­ten­ção da pla­ta­for­ma. “Os con­su­mi­do­res têm um com­por­ta­men­to cada vez mais digi­tal e que­rem res­pos­tas para suas neces­si­da­des, seja para solu­ci­o­nar dúvi­das, seja para com­prar ser­vi­ços, na hora em que dese­ja­rem, de for­ma rápi­da e prá­ti­ca. A Aura se encai­xa per­fei­ta­men­te nes­se con­tex­to”, comen­ta Luiz Medi­ci, VP de Dados e Inte­li­gên­cia Arti­fi­ci­al da Vivo. Com um ano de fun­ci­o­na­men­to, ela rea­li­zou mais de 50 milhões de aten­di­men­tos e está inte­gra­da a mais de 20 dife­ren­tes canais da Vivo, como os apli­ca­ti­vos Meu Vivo Móvel, Meu Vivo Fixo, além do con­ta­to via Mes­sen­ger, Face­bo­ok, What­sApp e pelo tra­di­ci­o­nal con­tact cen­ter. Medi­ci refor­ça que o uso da IA revo­lu­ci­o­nou o aten­di­men­to da Vivo. “A Aura traz uma nova expe­ri­ên­cia para nos­sos cli­en­tes, pois aju­da o assi­nan­te a geren­ci­ar sua vida digi­tal em tem­po real, de for­ma sim­pli­fi­ca­da, trans­for­man­do dados em infor­ma­ção cus­to­mi­za­da e per­so­na­li­za­da para cada cli­en­te. Con­se­gui­mos ser mais con­tex­tu­al, sim­ples e dire­tos”, fina­li­za o exe­cu­ti­vo.


KOPE­NHA­GEN
INTE­LI­GÊN­CIA ARTI­FI­CI­AL DE CHO­CO­LA­TE

   Fun­da­da em 1928, a Kope­nha­gen deci­diu ado­tar um sis­te­ma base­a­do em inte­li­gên­cia arti­fi­ci­al para gerir melhor o seu esto­que. Os fran­que­a­dos com gran­des pedi­dos tive­ram a redu­ção de qua­tro a oito horas de tra­ba­lho por sema­na. “No caso das lojas fran­que­a­das, nas quais o dri­ver do capi­tal de giro é alta­men­te rele­van­te, con­se­gui­mos alcan­çar uma redu­ção de 60% a 70% nas rup­tu­ras pon­tu­ais de deter­mi­na­dos pro­du­tos. Já nas lojas pró­pri­as, nas quais por vezes o exces­so de esto­que pode gerar per­das por tem­po de pra­te­lei­ra, obti­ve­mos uma redu­ção con­si­de­rá­vel nes­se indi­ca­dor”, diz Fer­nan­do Vichi, Vice-pre­si­den­te de Finan­ças do Gru­po CRM, que des­de 1990 con­tro­la o Gru­po no Bra­sil. O port­fó­lio tam­bém aumen­tou e pas­sou a incluir, além de ver­sões zero açú­car e zero lac­to­se dos cho­co­la­tes, cáp­su­las de café de mar­ca pró­pria.



CAR­RE­FOUR
ATEN­DI­MEN­TO CEN­TRA­LI­ZA­DO

   Em abril des­te ano, o Car­re­four apre­sen­tou a Cari­na, sua assis­ten­te vir­tu­al. O bot foi desen­vol­vi­do para tirar dúvi­das dos con­su­mi­do­res e ofe­re­cer suges­tões. A fer­ra­men­ta foi cri­a­da como uma das últi­mas eta­pas do pro­ces­so de cen­tra­li­za­ção da comu­ni­ca­ção de todas as empre­sas do Gru­po que, antes, tinha mais de dez núme­ros de con­ta­to. Luiz Sou­to, dire­tor de Cus­to­mer Ser­vi­ce do Car­re­four, expli­ca que o prin­ci­pal obs­tá­cu­lo para desen­vol­ver Cari­na foi com­por­ta­men­tal. “Os desa­fi­os não são tec­no­ló­gi­cos, nem de inves­ti­men­to. Os desa­fi­os são cul­tu­rais”, afir­ma. “Todos os níveis da com­pa­nhia pre­ci­sam ser con­ven­ci­dos de que este é um cami­nho sem vol­ta”, diz ele. A expec­ta­ti­va do Car­re­four é redu­zir em 50% o núme­ro de aten­di­men­tos via con­tact cen­ter em dois anos. Hoje, a Cari­na faz até 6 mil inte­ra­ções diá­ri­as. O obje­ti­vo é che­gar a 10 mil inte­ra­ções diá­ri­as e assim pro­var que a ino­va­ção pode redu­zir gas­tos e oti­mi­zar pro­ces­sos.



EMBO­RA AS TRÊS EMPRE­SAS A SEGUIR NÃO TENHAM SE DES­TA­CA­DO COMO AS MELHO­RES EM SEUS SEG­MEN­TOS, ELAS OCU­PAM O DIS­PU­TA­DO TOP 10 NO RAN­KING DAS 100 EMPRE­SAS MAIS INO­VA­DO­RAS DO PAÍS:

HOS­PI­TAL DAS CLÍ­NI­CAS
PAS­SE LIVRE PARA O ACOM­PA­NHAN­TE

   O Hos­pi­tal das Clí­ni­cas lan­çou, em junho, o ABRA­CA­TRA­CA, apli­ca­ti­vo que reco­nhe­ce auto­ma­ti­ca­men­te os acom­pa­nhan­tes dos paci­en­tes por QR Code, sem a neces­si­da­de de fazer um cadas­tro pre­sen­ci­al. “Os acom­pa­nhan­tes che­ga­vam a per­der 20 minu­tos na fila de cadas­tro”, expli­ca Mar­co Bego, dire­tor-exe­cu­ti­vo de ino­va­ção do Ino­vaHC. Outra novi­da­de, ain­da em tes­te, é o reco­nhe­ci­men­to faci­al do acom­pa­nhan­te caso ele este­ja sem celu­lar, por exem­plo. “Esse tipo de ino­va­ção aca­ba aju­dan­do o paci­en­te a não per­der tem­po com pro­ce­di­men­tos des­ne­ces­sá­ri­os”, des­ta­ca Bego. O Hos­pi­tal das Clí­ni­cas tem ain­da outros pro­je­tos em anda­men­to a par­tir do uso da inte­li­gên­cia arti­fi­ci­al, como o diag­nós­ti­co a dis­tân­cia que pro­me­te dimi­nuir a fila de exa­mes. A novi­da­de ain­da está em fase de tes­tes.

MICRO­SOFT
INCLU­SÃO NA COMU­NI­CA­ÇÃO

   A Micro­soft já é conhe­ci­da pelo desen­vol­vi­men­to de tec­no­lo­gi­as que faci­li­tam o dia a dia das empre­sas. Den­tre elas está o Kai­za­la, apli­ca­ti­vo móvel para ges­tão de tra­ba­lho, que foi tra­zi­do para o Bra­sil em agos­to de 2018. A fer­ra­men­ta per­mi­te que as empre­sas conec­tem fun­ci­o­ná­ri­os inter­nos, exter­nos – des­de o pre­si­den­te até quem não tem uma con­ta de e‑mail ou um com­pu­ta­dor –, além de for­ne­ce­do­res, par­cei­ros e cli­en­tes. Além de pos­si­bi­li­tar o bate-papo, a pla­ta­for­ma per­mi­te o geren­ci­a­men­to de gru­pos de até 1 milhão de pes­so­as. A novi­da­de está dis­po­ní­vel nas ver­sões free e PRO – esta, inte­gra­da ao paco­te Offi­ce 365. A fer­ra­men­ta tam­bém blo­queia remo­ta­men­te os dados quan­do um usuá­rio sai ou é remo­vi­do. “O Kai­za­la veio para conec­tar as par­tes des­co­nec­ta­das das orga­ni­za­ções – sejam elas em gran­des e peque­nas empre­sas, sejam no gover­no. Sabe­mos que, mes­mo em fer­ra­men­tas de comu­ni­ca­ção deses­tru­tu­ra­das como os chats, as pes­so­as bus­cam algum nível de estru­tu­ra, pois isso é fun­da­men­tal para que sejam mais pro­du­ti­vas e rea­li­zem melhor suas ati­vi­da­des de tra­ba­lho”, expli­ca Lore­da­ne Fel­trin, dire­to­ra de Pro­du­ti­vi­da­de da Micro­soft Bra­sil.

HOS­PI­TAL SAMA­RI­TA­NO
DOU­TOR DA PRE­CI­SÃO

   Um vídeo do Hos­pi­tal Sama­ri­ta­no Higi­e­nó­po­lis, em São Pau­lo, capi­tal pau­lis­ta, mos­tra uma máqui­na reti­ran­do de for­ma pre­ci­sa e habi­li­do­sa, uma a uma, as semen­tes de uma peque­na pitaia. O obje­ti­vo é mos­trar como o robô Da Vin­ci XI, ope­ra­do por médi­cos expe­ri­en­tes duran­te cirur­gi­as, tem capa­ci­da­de de aces­sar regiões que a mão huma­na não con­se­gui­ria. Na prá­ti­ca, o pro­fis­si­o­nal coman­da a máqui­na por meio de bra­ços ele­trô­ni­cos e obser­va sua atu­a­ção por uma tela. O uso da tec­no­lo­gia tor­na os pro­ce­di­men­tos médi­cos menos inva­si­vos e quem pas­sa por uma cirur­gia robó­ti­ca tem um resul­ta­do mais efi­ci­en­te. “Essa nova tec­no­lo­gia, que traz uma visão 3D, dimi­nui ris­cos de san­gra­men­to e trau­mas por não ferir os teci­dos, além de pos­si­bi­li­tar uma recu­pe­ra­ção mais rápi­da do paci­en­te”, comen­ta Edil­son Oge­da, geren­te médi­co do cen­tro cirúr­gi­co do hos­pi­tal. A ins­ti­tui­ção foi uma das pri­mei­ras a usar a tec­no­lo­gia no Bra­sil, com a inau­gu­ra­ção do Cen­tro de Robó­ti­ca, em 2017. Algu­mas espe­ci­a­li­da­des impac­ta­das posi­ti­va­men­te pelo uso do robô são: uro­lo­gia e gine­co­lo­gia, além de cirur­gi­as na cabe­ça e no pes­co­ço, apa­re­lho diges­ti­vo, bariá­tri­ca, ouvi­do e tórax. Com o uso cada vez mais fre­quen­te do robô pelo setor hos­pi­ta­lar, o públi­co já come­ça a enten­der os bene­fí­ci­os da tec­no­lo­gia. “Os pró­pri­os cli­en­tes já pro­cu­ram o hos­pi­tal em bus­ca de um médi­co que faça cirur­gi­as ou pro­ce­di­men­tos robó­ti­cos”, diz Oge­da.

ELAS VÃO FAZER A DIFE­REN­ÇA
CONHE­ÇA AS DEZ EMPRE­SAS QUE CRI­A­RAM OS NEGÓ­CI­OS MAIS DIS­RUP­TI­VOS EM SUAS ÁRE­AS E DEVEM APRE­SEN­TAR CRES­CI­MEN­TO ACE­LE­RA­DO NOS PRÓ­XI­MOS TRÊS ANOS. O RAN­KING RISING STARS FOI ELA­BO­RA­DO A PAR­TIR DE ANÁ­LI­SES QUA­LI­TA­TI­VAS DO CEN­TRO DE INTE­LI­GÊN­CIA PADRÃO

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