É justamente esse tipo de sutileza na produção da matéria que vai
direcionando a opinião do campo progressista para uma militância inócua
que não enxerga a origem dos processos, bem como para uma abordagem que
pouco fala sobre soberania nacional e popular. Não à toa, o povo não
consegue ficar empolgado com as discussões trazidas pelo progressismo, e
não há como isentar aqui a influência das mídias ditas progressistas
nesse processo de enxerto de discussões que visam direcionar o debate
para longe de temas que interessem ao povo.
https://botecumanistico.wordpress.com/2020/02/17/o-intercept-nao-deve-ser-colocado-acima-de-qualquer-suspeita/
Minha reflexoes sobre o tema: assim como varios jornalistas que atacaram os principios democraticos durante o PT e fizeram um "rebranding" com Bolsonaro (eg., Reinaldo Azevedo, Vera Magalhaes, ate' a Miriam Leitao), a midia tradicional tentou fazer isso. Obviamente sem muito sucesso, dado seu evidente vies conservador.
Entao aparece o "The Intercept", com informacao privilegiada, cuja origem nao foi claramente esclarecida ate' hoje. E pq as revelacoes pararam em "2%" do conteudo? Onde esta' o resto? Por que nao publicar?
Lembramos que a Vaza Jato foi lancada em Junho de 2019, com o governo Bolsonaro ja' consolidado no governo, sobre acontecimentos de pelo menos desde de 2016. Quais efeitos praticos? Reduziu temporariamente a imagem de Moro, e enterrou de vez a Lava Jato, junto com a carreira do Dallagnol -- que queria "combater a corrupcao".
Teriam estes ultimos se virado contra a corrupcao "de direita"? Ou isso e' so' mais um passo para a privatizacao da mídia nacional por veiculos estrangeiros?? Como resultado, Lula foi solto... E nada mudou no país...
"The Intercept" parece um veiculo de "esquerda identitária", uma "marca" de capitalismo liberal palatável para um publico mais esclarecido, e que fica horrorizado com os brucutus conservadores. Ou seja, uma alternativa inócua com ares de "radical".
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