"Mas na análise sistêmica não está previsto isso, porque temos de estar todos juntos com uma única preocupação: transformar calouro em bom profissional". [Isso] Faz até rir!
Acho que isso é a única coisa que não entra na discussão. Por quê? Porque a academia é um espaço de gente vaidosa, que ou já têm muito dinheiro ou que já perdeu a esperança de ganhar muito dinheiro.
E portanto tem no ego sua única chance de sobrevivência, de amor próprio... da coisa de se achar inteligente e tal.
E aqui [na ECA], essa coisa de se achar inteligente passa por títulos, passa por cargos, passa por reverências acadêmicas, passa por homenagens, passa por... E cada coisa dessa é pelejada... cada coisa dessa é pelejada...
"Fulano de tal vai ser homenageado na faculdade tal". Vish! Tem 10 metendo o pau. "Homenagear?! Esse é um canalha!"...
Gasta-se uma energia imensa, se vai homenagear, se não vai homenagear... Não sei mais o quê... Vitória de uns, derrota de outros.
E a transformação de calouro em profissional?!
"Agora vamos ver outro problema: quem é que vai ser candidato à livre docência". "Vai entrar esse, não vai entrar esse... aquele..."
E o que isso tem a ver com a transformação [de calouros]??... Nada a ver!
"Agora vamos disputar se a ECA vai para o prédio da frente ou se vai ficar aqui...".
"E isso?!" Nada... O que importa nada tem a ver com a funcionalidade que é prevista pela análise sistêmica. Nada a ver. Nada.
Então, qual é a crítica final? A análise sistêmica, poderíamos dizer que deforma -- mas você acha muito forte o termo, a análise sistêmica simplifica excessivamente -- a realidade ideológica, interessada e conflituosa da vida política dos seus profissionais.
Ficou claro?!
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